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sábado, setembro 17, 2005
Corrente do Bem  Outro dia presenciei uma cena terrível. E para piorar, infelizmente, não foi a primeira e não será a última vez que vi isso. Um homem – não sei se já tinha mais de sessenta ou se a vida tinha sido muito cruel com ele – revirava o lixo a procura do que comer. A que ponto chegou o ser humano? Até quando ainda poderemos admitir coisas assim? Será que nunca vamos nos tocar que a miséria já chegou ao limite? Perguntas sem respostas – ou então com respostas bonitas, cheias de significado e vazias de resultados reais. A pobreza não nasceu do nada e é por isso que é tão complicado acabar com ela de uma vez. Infelizmente, temos que assumir que essa situação é interessante para alguns. É só fazer uma análise bem superficial do nosso sistema político e econômico que descobrimos que, para existirem ricos e poderosos, é de extrema importância que existam pobres – e de preferência pobres ignorantes. Mudar isso seria mais um trabalho para Hércules, uma missão quase impossível para nós, simples heróis do dia-a-dia. Não basta vontade de mudar. Temos que ir além e fazer algo pelo próximo. Um dos filmes mais lindos que já assisti é “Corrente do Bem”. A lição que o garotinho nos dá é maravilhosa e podemos muito bem toma-la como o pontapé inicial para resolver o grande problema que se apresenta. É mais do que óbvio que apenas com isso não conseguiremos acabar com a miséria que cobre o mundo, entretanto se não começarmos a fazer algo – por menor que seja – de nada vai adiantar. Unir o mundo em torno de uma só causa é complicado, ainda mais quando essa causa vai contra aqueles que nos governam – calma, não estou falando especificamente da figura do governante e sim daqueles interesses que sempre movem qualquer governo -, mas não custa tentar. Toda tentativa envolve duas possibilidades: o acerto e o erro. Com o erro, nesse caso, não perderemos mais do que já perdemos com a situação atual e com o acerto viveremos em um mundo cada vez melhor. Façamos a nossa parte e lutemos para que os outros também façam a deles – esse é o segredo!
Enviado por
Gabriel H.
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