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sexta-feira, março 04, 2005

Alfredinho


A mãe beijou a testa do rebento, orgulhosa de ver o seu caçulinha se tornando doutor.
-- Vocês viram como o terno cai bem nele? Esse menino nasceu para ter diploma. – dizia orgulhosa para qualquer um que passasse na rua e visse a cena.
Alfredinho era o mais jovem de cinco e irmãos e desde criança sempre foi o favorito da mamãe. Enquanto os outros não gostavam de estudar nem de trabalhar, Alfredinho não gostava era de ficar parado. Logo aos doze anos arranjou seu primeiro emprego na venda do seu Zé e desde então nunca mais parou. Saiu da venda para o mercadinho do bairro e do mercadinho do bairro para uma grande empresa multinacional que, ao ver que o rapaz não teria condições de manter uma faculdade particular quando terminasse o colégio, se ofereceu para pagar seus estudos até a formatura. Mas não foi preciso, afinal Alfredinho, como era o sonho de sua mãe, entrou em uma faculdade pública. No dia da entrega dos diplomas, a mãe chorou como nunca antes havia chorado.
Em casa a mãe tinha orgulho, o pai achava que o menino não fazia mais do que a obrigação em ser esforçado e os irmãos sentiam muita inveja. Sempre que reclamavam do tratamento privilegiado que a mãe dava a Alfredinho, ouviam como resposta o mesmo sermão:
-- Se vocês quatro tivessem se dedicado como o Alfredinho também ouviriam os mesmos elogios que dou a ele.
Talvez até isso fosse verdade, mas como se explicaria então o fato de Alfredinho ser o preferido desde os tempos do berço? Esse era mais um mistério da humanidade.
Quando concluiu a faculdade Alfredinho foi promovido na multinacional onde trabalhava e no primeiro dia de trabalho no novo emprego colocou o terno que a mãe havia feito com tanto carinho, foi para o portão, recebeu o beijo na testa, ouviu a mãe exibindo orgulhosa o filho e sentiu um cano encostando em suas costas.
-- Passa a grana playboy.
-- Meu filho não vai passar dinheiro coisa nenhuma.
A velha levou um tiro na testa e, literalmente, morreu por amor ao filho.


Enviado por Gabriel H.



quarta-feira, março 02, 2005

Rita


Capítulo XXVI – Um assassino em potencial e mais uma morte



O delegado Ciro comandava as investigações sobre a morte de Rita com um carinho especial. Não queria deixar nenhum detalhe passar e por conta disso passou madrugadas inteiras analisando todas as pistas e o perfil de todos os suspeitos. Na realidade a única pista concreta existente era o tal bilhete, volume inversamente proporcional ao número de suspeitos. A lista era extensa e incluía o nome do deputado que assumiria a vaga no lugar de Rita, nomes alguns adversários políticos, além é claro dos nomes de Mauro e Silvana.
As chances de Silvana ter comandado o assassinato eram cada vez mais remotas, já que, segundo o diretor da penitenciária onde ela se encontrava, a inimiga da falecida realmente não recebia visitas e nenhuma de suas amigas havia sido liberada nos últimos tempos.
Outro suspeito que estava praticamente eliminado da lista era Mauro, afinal ele havia voltado a ser amigo do pai e até apoiava o relacionamento de Geraldo com Rita. Assim sendo ou ele fingia que estava do lado do casal ou realmente não teria motivos para matar a madrasta.
-- O senhor já pensou no namorado da moça? – a pergunta foi feita por aquele jovem policial que havia encontrado o bilhete do assassino
-- Sinceramente eu não acredito que o Geraldo tenha alguma coisa a ver com isso, Josué.
-- Será que o senhor não está deixando sua amizade com ele falar mais alto do que as evidências?
-- Nós não temos nenhuma evidência contra ele. Ou você acha que temos?
-- Delegado, para falar a verdade eu não confio muito naquele cara não. O olhar dele não passa uma transparência. Parece que ele sempre está escondendo algo.
-- Tenho que assumir que ele é muito misterioso. Porém isso não torna ninguém culpado de nenhum crime.
-- Longe de mim acusar sem ter provas. Só acho que ele também deveria estar na lista de suspeitos. O senhor já o interrogou?
-- Interroguei, mas nunca como suspeito e sim como namorado da vítima.
-- O senhor nunca perguntou, por exemplo, onde ele estava na hora do crime?
-- Não.
-- Se eu fosse o senhor pensaria seriamente em tentar descobrir onde ele estava, com quem ele estava e etc.
O silêncio que se seguiu mostrou que Josué havia atingido seus objetivos: o delegado não podia negar que Geraldo era um assassino em potencial. Para piorar a situação, enquanto Ciro refletia sobre a conversa com seu assistente, o telefone tocou:
-- Alô! Aqui é o Geraldo. Por favor venha para a casa do Mauro imediatamente. Aconteceu uma tragédia.
-- O que foi dessa vez?
-- Eu vim visita-lo e encontrei meu filho morto!
-- Meu Deus, será que eu nunca mais vou ter sossego nessa vida.
-- Por favor venha logo!
-- Já estou indo!Ciro desligou o telefone e chamou Josué. Os dois se dirigiram imediatamente para o local do novo crime. Sem dúvida o assassinato de Rita era apenas a ponta do i


Enviado por Gabriel H.