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sábado, agosto 27, 2005


Guernica


Minha última – ou primeira, dependendo do ponto de vista – crônica me levou a uma saudável discussão com meu companheiro Marcel Patriota – o que, venhamos e convenhamos, não é nenhuma novidade. E foi essa discussão que acabou me inspirando para o texto de hoje.
O que é verdade? Essa é uma pergunta que sempre nos deixa em uma situação meio complicada. Cada um de nós possui sua própria verdade. Sendo assim seria muito melhor perguntar: “Qual é a sua verdade?”. A resposta também não seria das mais simples, porém, pelo menos nos deixaria livre daquele peso de dar o julgamento final: “Isso é verdade e pronto!”.
É ponto pacífico que ninguém conhece a verdade absoluta. Não há como um único ser em todo o universo dominar tudo aquilo que é real. Mas será que é possível chegar a ela?
A meu ver, a verdade é um quebra-cabeça, porém não é um quebra-cabeça qualquer. É mais complicado do que o mais complicado que já conhecemos. É mais ou menos um com bilhões de peças cuja figura a ser montada é “Guernica”, de Pablo Picasso. Para os grandes conhecedores desse quadro não seria totalmente impossível armar o joguinho, contudo, mesmo assim, a brincadeira levaria um bom tempo para terminar. Entretanto a verdade não é um “simples” quebra-cabeça de bilhões de peças de “Guernica”, é pior do que isso: é um quebra-cabeça de bilhões de peças de “Guernica” sendo que ninguém no mundo – a não ser o pintor – conhece a obra. Será que alguém conseguiria juntar as peças? Duvido! Só que para complicar mais um pouco, o jogo não vem em uma única caixa, vem em bilhões de caixas espalhadas pelo mundo, cada uma contendo uma peça.
Assim é a verdade: um grande quebra-cabeça cujas peças estão espalhadas em todos os cantos do mundo. Cada um de nós é uma peça, cada um de nós tem um pouco da verdade, mas assim como ao olhar para uma única peça de um monstruoso quebra-cabeça não conseguimos ver a figura pronta, ao olhar para o nosso pedaço da verdade não conseguimos sequer imaginar a verdade como um todo. Para resolver isso é necessário que cada um de nós mostre a sua peça, pois é só assim que conseguiremos encontrar o encaixe perfeito para montar o desenho final. Não adianta guardar a parte que lhe cabe no guarda-roupa, assim você só vai atrapalhar a nossa brincadeira e impedir nossa montagem.


Enviado por Gabriel H.



sábado, agosto 20, 2005

Chega


Já faz algumas semanas que quero voltar a escrever nesse site, mas quando tenho disposição para sentar na frente do computador e começar a digitar não tenho tempo, e quando tenho tempo não tenho disposição. Hoje me determinei a concluir essa tarefa, independente de disposição ou tempo. E aqui estou, gripado, com um pouco de dor de cabeça e espirrando feito um louco, mas escrevendo.
Lógico que o meu desejo de voltar a escrever não se deve à minha gripe e nem a algum milagre divino que me deu inspiração. Se hoje estou sentado na frente desse computador (que por sinal é o mesmo do dia 04 de março - quando publiquei meu último texto –, mas com problemas maiores) é graças ao Presidente da República Federativa do Brasil Sua Excelência Luiz Inácio Lula da Silva.
Meus leitores sabem da minha estranha admiração pelo Presidente, contudo o que poucos devem imaginar é que não estou feliz com a atual crise política. Muitos devem pensar que vibro a cada dia, quando eu acordo e vejo que o governo está mais próximo do fim. Entretanto isso me dá uma tristeza profunda – e eu não estou sendo irônico –, por saber que o sonho de milhões de brasileiros está sendo jogado no lixo, graças a uma corja de incomPeTentes.
O Brasil é um país de gente honesta e trabalhadora e não merecia ser governado por pessoas que representam justamente o contrário dessas qualidades.
Não nego que as vezes durmo tranqüilo ao pensar que eu, pelo menos, não fui enganado, diferente de outra grande parcela do povo desse país. Mas essa tranqüilidade acaba no momento em que me lembro que apesar de eu não ter sido iludido pela campanha brilhantemente armada pelo senhor Duda – e nem tão brilhantemente paga pelo caixa dois do Delúbio – o restante de meu povo o foi e por conta de mentiras em época de campanha nos vemos afundados em um mar de lama que nunca imaginamos.
É triste ver que os detentores do monopólio da ética também não tem ética. É triste ver que o presidente dos trabalhadores não gosta de trabalho. É triste ver que a campanha da esperança contra o medo trouxe mais medo que esperança.
Não me interessa se o presidente sabia ou não de tudo que estava acontecendo – eu, particularmente, acho que sabia -, porém todos devemos ter a consciência de que ele deixou a coisa rolar. E, infelizmente, não podemos mais admitir um presidente desses. CHEGA DE HIPOCRISIA!


Enviado por Gabriel H.