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sexta-feira, janeiro 28, 2005

Desculpas, Seu Agostinho e Palavrões


Como já diz o título dessa crônica, vou começá-la com um pedido de desculpas por ter me mantido tanto tempo longe de vocês. O quer era para ser um pequeno período de férias acabou se tornando um longo afastamento. Mas eu tenho uma justificativa para isso: perdi todos os meus documentos do computador (e isso quer dizer que perdi todas as crônicas que tinha escrito, além de toda a história de Rita, incluindo dois capítulos que ainda não foram ao ar).
Pronto! Já está justificada minha ausência! Agora até já posso escrever minha crônica com a consciência limpa.
Para quem não sabe, minha bisavó está morando em um lar de velhinhos – que nem de longe lembra aqueles asilos que vemos nas reportagens de câmera oculta no Fantástico. No último sábado, quando estava visitando minha bisa, um senhor muito simpático começou a puxar papo comigo. Era o Seu Agostinho. Em pouco tempo ele já havia mostrado a mim e a minha irmã fotos de sua bisneta e de seus sobrinhos netos.. Depois de nos mostrar as fotografias o Seu Agostinho nos fez uma revelação:
-- Eu escrevo! – disse ele com um sorriso no rosto
Pediu para esperarmos um pouco e foi pegar seus textos. Eram todos poemas belíssimos, além de uma coletânea de ensinamentos sobre o amor – que ele ainda não terminou.
Quando eu já estava quase de saída, o Seu Agostinho me chamou para contar uma história que minha irmã não poderia ouvir. Motivo: tinha um palavrão.
Por que existe todo esse pudor relacionado aos palavrões?
São palavras compostas de letras, assim como qualquer outra. A única coisa que diferencia o palavrão da palavra “normal” (se não é palavrão é palavrinha?) é o seu significado – geralmente ligado à sexualidade.
Esse é um dos mistérios da humanidade: por qual motivo tudo que é ligado ao sexo é “feio” ou “sujo”? Por que os palavrões quase sempre estão ligados aos órgãos sexuais e não às orelhas ou ao nariz? Por que puta é xingamento e as outras profissões não? Sabemos muito bem que alguns “profissionais” como políticos, advogados e diretores de empresas, por vezes, fazem coisas muito mais pornográficas que as pobres prostitutas.
Lógico que não estou sugerindo que as pessoas saiam por ai falando palavrões a torto e a direito. O único apelo que faço é que o pudor relacionado a eles não seja tão exagerado e que os pais não vejam como o fim do mundo o fato de seus pimpolhos falarem algumas “coisas feias” (é lógico que exageros devem ser evitados).
Ah! Só para terminar, já que ainda não falei, que desejar um feliz 2005 para todos vocês. Que seja um ano repleto de alegrias e de sucesso.


Enviado por Gabriel H.