CRITIQUE, SUGIRA,
OPINE, ESCREVA PARA GENTE:


oscronistas@grupos.com.br


ARQUIVOS

  04/01/2004 - 05/01/2004
  05/01/2004 - 06/01/2004
  06/01/2004 - 07/01/2004
  07/01/2004 - 08/01/2004
  08/01/2004 - 09/01/2004
  09/01/2004 - 10/01/2004
  10/01/2004 - 11/01/2004
  11/01/2004 - 12/01/2004
  12/01/2004 - 01/01/2005
  01/01/2005 - 02/01/2005
  02/01/2005 - 03/01/2005
  03/01/2005 - 04/01/2005
  08/01/2005 - 09/01/2005
  09/01/2005 - 10/01/2005
  10/01/2005 - 11/01/2005
  02/01/2006 - 03/01/2006


BLOG DOS CRONISTAS

  Discutindo Política
  Três Pontinhos
  Projeto Cadmus 


LINKS

  SilvioMed
  Homem Chavão
  Grávido
  Charges
  Desafeto
  Brainstorm#9
  Farsas da Web
  Mario Prata Online
  Dia a Dia

sexta-feira, novembro 26, 2004

De mãos dadas


O que é mais importante para um país como o Brasil: a força e vontade de mudar da juventude ou o “poder” que o povo tem com a democracia? A resposta para essa pergunta pode gerar diversas divergências e inúmeras teses podem surgir. Pode-se defender desde que a juventude perde toda a sua força sem a democracia, até que a democracia não é a mesma sem a juventude.
A idéia que venho defender aqui nessa minha crônica de hoje é justamente o meio termo. A democracia e a juventude devem andar juntas, de mãos dadas, unidas por um Brasil melhor. Felizmente não defendo essa minha tese sozinho e, com estes mesmo ideais, um grupo de jovens resolveu fundar a Juventude Democrática Brasileira.
Graças a Internet o grupo cresceu rapidamente já vem dando seus primeiros passos. Tendo sido eu um dos primeiros a embarcar no sonho da JDB, me sinto muito orgulhoso em ver que o grupo está dando certo. Com menos de uma semana de existência já temos apoio até de figuras de grande porte no Congresso Nacional.
Segundo o Ato Primeiro, assinado pelos fundadores Welington Arruda, Luciana Rodrigues e Rogério Boccia, um dos objetivos da JDB é a fiscalização dos três poderes. Ainda segundo o documento, foi dado inicio a um movimento jovem, possuidor dos princípios da inclusão social à democracia.
Realmente é uma idéia interessante esse movimento e eu a abracei desde o principio – sinceramente eu estou apaixonado pela JDB –, contudo faço aqui um alerta a todos os membros desse grande grupo – incluindo eu mesmo. Nós não podemos cair na tentação da teoria. Idéias são muito bonitas e é fácil nos apegarmos a elas, porém temos que colocá-las em prática. Graças a Deus a JDB, no que mostrou até agora, não ficará só com teorias e lutará por seus ideais.
Acho que esse movimento é um primeiro passo para que aquela minha idéia – e não só minha – de a democracia e a juventude caminharem de mãos dadas seja posta em prática.
Só para terminar, já responderei de antemão uma pergunta que tenho certeza que me farão. Sim, este movimento é ligado ao PSDB. Os membros são todos tucanos, entretanto são respeitadores da democracia e de idéias de outros partidos, afinal antes de tucanos somos democratas.


Enviado por Gabriel H.



quarta-feira, novembro 24, 2004

Rita


Capítulo XXIII – Conhecendo a própria mãe


Enquanto Rita estava na sala, em conflito com a própria ética, Geraldo e seu filho tinham uma complicada conversa no escritório. Mauro sabia muito bem que a mãe era meio desequilibrada, contudo acreditava que não passava de pequenas loucuras por amor; já tinha visto Silvana fazer promessas loucas (como matar), porém nunca imaginou a possibilidade dessas “promessas” serem cumpridas.
Toda essa confiança que Mauro tinha na mãe – uma confiança normal, existente de filho para mãe – desmoronou assim que Geraldo começou a contar todas as ações de Silvana. Mauro não podia acreditar que a mulher que havia lhe gerado era capaz de fazer aquelas coisas tão terríveis. Durante a maior parte da conversa Mauro chorou, porém assim que seu pai terminou a narrativa ele enxugou as lágrimas, ergueu o rosto e falou:
-- Olha, pai, eu entendo que o senhor tenha raiva da mamãe, porém acho que inventar coisas assim tão baixas já é demais.
-- Nenhuma palavra que saiu da minha boca é invenção. Eu sei do que estou falando. Você sabe muito bem que pode confiar em mim.
-- Pai, até pouco tempo nós não nos dávamos muito bem, porém o senhor começou a ser sincero comigo e eu confio no senhor. Mas tudo isso é tão absurdo que eu não posso acreditar. Eu sei que a separação de vocês foi muito dolorosa, mas acho que não tem muita lógica você falar essas coisas.
-- A separação foi dolorosa para sua mãe e não para mim. Eu já estava me sentindo esgotado naquele casamento e me separar foi a melhor coisa que eu fiz. E tem lógica sim eu falar o que estou te falando por um simples motivo: É TUDO VERDADE.
Mauro voltou a chorar. Continuava sem acreditar que a mulher que havia lhe dado toda a educação, todo o conhecimento que ele tinha da vida, pudesse fazer aquelas coisas; contudo seu pai falava com tanta certeza e sinceridade no olhar que não tinha como não acreditar. Novamente Mauro enxugou as lágrimas e ergueu o rosto. Levantou-se da cadeira onde estava sentado e abraçou seu pai. Os dois ficaram assim durante alguns minutos, até que Mauro disse no ouvido do pai:
-- Pode contar comigo para o que der e vier. A mamãe precisa se tratar.
-- Sabia que eu ia poder contar com você.
Os dois saíram do escritório e Mauro foi embora para casa. Rita que já estava muito curiosa ficou ainda mais ao ver que pai e filho choravam muito emocionados. Perguntou o que havia acontecido e ouviu as seguintes palavras de Geraldo:
-- Obrigado, Rita! Você, sem querer, acabou me unindo com meu filho. Não sei nem como agradecer.
-- Mas o que eu fiz?
-- Diretamente não fez nada, mas de um jeito ou de outro você é a grande responsável pela nossa reaproximação.
-- Não estou entendendo nada.
-- Por enquanto é melhor assim mesmo, mas um dia você vai entender.


Enviado por Gabriel H.



sexta-feira, novembro 19, 2004

Deputado Lula


Muitas vezes, quando me sento nessa cadeira para digitar minha crônica semanal (que não vem sendo tão semanal assim) me sinto o Dirceu de Castro, porém, na maioria das vezes, ao invés de criticar o vereador Naldo (que agora é prefeito) critico alguém que tem um cargo um pouquinho melhor: o Presidente da República. Sei que os leitores petistas devem sentir um desgosto enorme em ler meus textos, contudo não resisto à tentação de falar sobre o que está errado no Brasil.
Uma coisa que mais me impressionava no Lula era a vontade que ele tinha de ser presidente. É uma pena que desde primeiro de janeiro de 2003, um dia que sem dúvida entrará para história do Brasil (pelo bem ou pelo mal), o presidente tenha desistido de ser presidente para se lançar em um novo sonho: ser deputado. E o pior não é ele ter desistido do sonho de ser presidente – é normal decepções com coisas que sonhamos a vida toda -, mas sim ele ter abandonado a presidência no meio do mandato para assumir a vaga de deputado. Aguardem, porque ainda é cedo para lamentar. Além de ter largado a presidência para assumir outro cargo eletivo, o ex-presidente NÃO FOI ELEITO para tal cargo.
Antes que me chamem de louco, vou me explicar. Na escola aprendi que no Brasil nós temos três poderes INDEPENDENTES: o judiciário (que julga), o executivo (que executa) e o legislativo (que legisla). Que eu saiba não é função do executivo legislar, assim como não é função do legislativo governar. Contudo o que vemos é o seguinte: um legislativo que não legisla (e para falar a verdade, não faz nada) e que vê seu lugar sendo tomado pelo executivo.
Atenção, senhores leitores, pois agora vem a verdadeira explicação. Em um ano o governo editou SESSENTA E QUATRO MPs. Não, o senhor não leu errado! Infelizmente! Para complicar ainda mais essas Medidas Provisórias trancam a pauta do Congresso. Há muito tempo não se vota nada naquela casa e a indecisão sobre algumas MPs é um dos motivos para tanto.
A situação não seria tão feia para o PT caso eles sempre tivessem defendido o método das MPs. No governo FHC elas foram usadas sim – e muito -, todavia os petistas sempre se mostraram 100% contra essas medidas. Agora que estão no poder a média de MPs editadas só nesse ano – que ainda não terminou – é de 6,4 por mês, superior à média qualquer ano do governo FHC com exceção do último, quando diversas medidas provisórias foram editadas a pedido da equipe de transição petista.
Conforme já fiz outras duas vezes, terminarei minha crônica com uma frase do deputado Lula, que foi dita nos tempos que ele ainda era presidente. “Não é mais hora de bravatas, agora estamos no governo!”.


Enviado por Gabriel H.



quarta-feira, novembro 17, 2004

Rita


Capítulo XXII – Retorno


-- Alô, Silvana?
-- Não, pai. É o Mauro.
-- Nossa, filho, fazia muito tempo que eu não falava com você. Foi até bom você ter atendido, pois queria falar com a sua mãe, mas ia acabar falando o que não devia. É melhor conversar com você antes.
-- Parece que é coisa séria. Onde você está?
-- Acabei de chegar em casa. Se quiser pode vir para cá. Vai ser até bom.
-- Tudo bem. Até mais.
-- Até mais.
Mauro, preocupado com o que seu pai teria para dizer se dirigiu à casa do “velho” rapidamente. Durante todo o caminho pensava no que poderia ser o motivo da conversa que, para variar um pouco, provavelmente envolvia o nome de Silvana.
A campainha da casa de Geraldo soou e, na certeza de que era seu filho que tocava, Geraldo sequer olhou pelo olho mágico. Abriu a porta e se surpreendeu.
-- Por que essa cara de espanto, amor? – perguntou Rita, como se nada tivesse acontecido.
-- Você ainda me pergunta? Você fica inconsciente durante nem sei quanto tempo e, de um dia para o outro, toca a campainha da minha casa e não espera que eu me surpreenda.
-- Pensei que você fosse ficar feliz...
-- Eu estou feliz, mas estou surpreso. Me conte o que aconteceu. Estou curioso.
Rita começou a contar para Geraldo sua história. Falou que havia ficado consciente durante a noite e que, com a ajuda de uma médica, havia conseguido fugir do hospital. Rita ia explicar o motivo da fuga, contudo novamente a campainha tocou e dessa vez as expectativas se confirmaram: era Mauro.
-- Rita? – o espanto do moço era praticamente igual ao do pai – Era sobre isso que você queria conversar comigo, pai?
-- Na verdade não era, mas não deixa de estar relacionado. Vamos para o meu escritório. E você, Rita, não saia desse sofá. Ainda temos muito para conversar.
-- Ficarei igual uma estátua.
Geraldo foi com Mauro até o escritório e lá os dois conversaram durante mais de uma hora. O assunto era o mesmo que havia sido tratado com o delegado, porém a tenção durante essa segunda conversa era maior, afinal existiam laços sentimentais entre mãe e filho.
Na sala, Rita já estava impaciente e, por diversas vezes, chegou a pensar em entrar no escritório ou, no mínimo, escutar atrás da porta. Desistiu todas as vezes após pensar em uma frase que um amigo da Câmara de Vereadores havia lhe dito: “Posso não ter sentimentos, mas não abro mão da ética.”. Com Rita era assim. Por mais fria e calculista que fosse, ela não abria mão da ética. Talvez por isso provocasse tanta simpatia entre os eleitores.


Enviado por Gabriel H.



quarta-feira, novembro 10, 2004

Rita


Capítulo XXI – O destino


Muitas vezes o destino nos prega alguma peça que pode definitivamente mudar a nossa vida. Foi isso que aconteceu com Geraldo assim que entrou no bar para tentar relaxar um pouco após a discussão com Silvana. Estava lá, tranqüilamente sentado quando avistou em uma mesa próxima a sua alguém que lhe era familiar. Não conseguia se lembrar exatamente onde já havia visto, mas tinha alguma coisa lhe dizia que aquele homem podia ajudar. Após bebericar um pouco de sua cerveja, Geraldo levantou-se e foi em direção ao tal homem.
-- O senhor vai me desculpar perguntar isso, mas de onde eu te conheço?
-- Eu conheço o senhor de alguns jornais, mas já nos vimos pessoalmente, sim. Eu sou o delegado Ciro, o delegado que foi encarregado de investigar a morte do pai da sua namorada.
-- É lógico. Como eu fui me esquecer do senhor. E ai, como anda a investigação?
-- Infelizmente está parada. Não temos nenhuma prova nem nada. Só sabemos que ele foi envenenado, mas não sabemos nem por quem, nem por que e ainda exista a possibilidade de suicídio.
-- Realmente esse caso é muito estranho.
Geraldo parou, pensou um pouco. O delegado, reparando a indecisão do novo companheiro de mesa, perguntou:
-- Seu Geraldo, o senhor tem alguma coisa para me falar?
-- Eu não sei se devo contar.
-- É relacionado à morte do seu José?
-- Espero que não.
-- Então se existe alguma possibilidade de ter relação acho bom o senhor me contar tudo. Finja que eu sou um padre e que esse bar é uma igreja.
-- Ai a coisa complica, pois tenho horror a confessionário.
-- Então aproveite que estamos no bar e finja que sou seu amigo de velha data. O importante é que você me conte tudo.
Geraldo tomou coragem e iniciou sua narrativa. Falou sobre o ciúmes que Silvana sentia dele e depois de muito titubear revelou ao delegado que sua ex havia confessado tentar matar Rita durante a campanha e que recentemente havia invadido o quarto onde sua namorada estava internada, provavelmente com o mesmo objetivo.
O delegado que já tinha um rosto naturalmente sisudo ficou mais sério ainda.
-- Isso que você acaba de me contar é muito sério. Realmente pode estar profundamente relacionado com a morte do seu sogro.
-- Esse é meu medo, delegado. Esse é meu medo.
-- O que nós precisamos fazer é provar que Silvana realmente tentou matar Rita essas duas vezes. Nós temos que arquitetar um plano.
Os dois ficaram horas naquele mesmo bar conversando e tentando arrumar alguma maneira de pegar Silvana. Aparentemente descobriram uma solução e, exaustos, foram para suas casas.
É aqui o começo do fim da nossa história.


Enviado por Gabriel H.



sexta-feira, novembro 05, 2004

Com atraso, mas aqui está


Peço desculpas aos meus queridos leitores (?) por não ter aparecido por estas bandas durante uma semana inteirinha, porém trabalhos de escola e outros fatores coligados me impediram de sentar frente ao computador, abrir o programinha de edição de texto e começar a digitar qualquer bobagem.
Sinceramente não queria falar sobre esse tema hoje, porém não consegui ter outra idéia. Petistas, segurem-se na cadeira, pois vou falar de JOSÉ SERRA.
Quem me conhece sabe o carinho que dediquei a campanha do ex-ministro e que torci muito pela derrota da atual prefeita. Não fiz isso pelo simples fato de eu ser tucano, mas sim por ver falhas graves na atual administração. Falhas principalmente na questão de planejamento (não venham dizer que sou papagaio do Serra, afinal eu já proferia este discurso muito antes de Serra ser candidato).
Mesmo nas melhores áreas da prefeitura o planejamento era precário, como por exemplo nos Passa-Rápido. Aqui perto de casa um começou a ser construído, entretanto tudo foi muito complicado, pois primeiro pintou-se as faixas, depois alargou-se o canteiro central, fazendo com que as faixas tivessem que ser pintadas novamente. Como a eleição estava próxima a obra não teve toda a extensão prometida e uma parte das faixas pintadas foram apagadas, pois a partir de um certo ponto da Francisco Morato tudo continuaria como antes (ou seja, ônibus do lado esquerdo).
Este é apenas um exemplo entre tantos outros que poderia dar, contudo não quero passar a tarde apresentando as falhas mortais de cada projeto da atual administração.
Só quero deixar bem claro ao prefeito que apesar de ser tucano declarado, ele não terá descanso em minhas crônicas, não. Me lembro muito bem das promessas de campanha (afinal passei os meses da campanha lendo sobre elas para poder defendê-las) e cobrarei a realização desses projetos.
Para concluir farei uma rápida análise dos “vencedores” e “perdedores” das eleições (entre aspas porque em uma eleição ninguém é totalmente vencedor nem perdedor). Sem dúvida os que mais ganharam foram PT e PSDB. O PT viu seu número de prefeituras crescer muito e o PSDB ganhou importantes batalhas (como São Paulo e Curitiba). Nenhum partido especificamente saiu derrotado do pleito, mas os grandes perdedores, graças a Deus, foram os representantes das oligarquias e de tudo que há de ultrapassado na política. Paulo Maluf, Esperidião Amim, José Sarney, ACM entre muitos outros obtiveram derrotas humilhantes nas urnas. Portanto, o maior vencedor não foi nem PT nem PSDB, mas sim o povo que soube escolher seus governantes de forma madura.
P.S.: Queria ainda falar de Lindiberg Farias, porém faltou espaço.


Enviado por Gabriel H.