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sexta-feira, outubro 22, 2004

De novo


Há mais ou menos um ano eu escrevi uma crônica sobre a corrupção no Brasil. Como meus leitores mais fiéis bem sabem não foi nem a primeira nem a última, mas foi uma das mais importantes, afinal tinha como base dados concretos de uma pesquisa realizada pela ONG Transparência Internacional. Segundo a famosa organização o Brasil estava entre os países mais corruptos do mundo, tendo a nota de 3,9 em uma escala de 0 a 10.
Hoje volto ao mesmo tema e com base na mesma pesquisa, porém falarei da versão deste ano. Adivinhem só qual foi a nota do Brasil na pesquisa? Quem adivinhar ganhará de presente os meus parabéns. Que rufem os tambores. A nota foi... tchan tchan tchan tchan.... 3,9. Pois é, minha senhora, não adiantou torcer nem cruzar os dedos. O Brasil, vergonhosamente, manteve a mesma nota e, para piorar tudo, caiu algumas posições no ranking.
É uma vergonha morar em um país onde a nota continua a mesma durante dois anos seguidos. Não seria vergonha - muito pelo contrário – se fossemos finlandeses e os nossos governantes permitissem que continuássemos dois anos com a mesma nota, afinal esse país é o menos corrupto do mundo.
Apesar da indignação não estou surpreso. Afinal moramos na terra de Malufs, de Waldomiros, de Cassebs e de tantos outros que não citarei aqui para não me enojar. E infelizmente somos assim desde a época de Cabral – que já chegou corrompendo os nativos com espelhos e outras bobagens – e, principalmente, da vinda da Família Real para o Brasil. Desde o primeiro governo até o atual as denúncias de corrupção pipocam por todos os lado e em todas as esferas, as vezes em menor nível e as vezes em maior (desculpem Marcel e demais leitores petistas, mas eu não vou resistir em dar como exemplo o atual governo).
E o pior de tudo é o momento que vivemos. Na mesma semana em que foi divulgada a tal pesquisa, o governo foi alvejado com críticas contra o Bolsa Família. Essas irregularidades sempre existiram – e existirão – em programas assistencialistas como esse e nem o mais ingênuo dos brasileiros não sabia disso. Contudo, agora que saiu na Rede Globo – é chique, né – o povo se faz de indignado. Acho que é esse o problema do povo brasileiro: ele fecha os olhos para a corrupção e só abre quando a Globo quiser. É uma pena, pois a Globo está quase sempre do lado do poder.
Peço aos brasileiros que façam uma prece pedindo que seus olhos sejam abertos, pois, só assim, será possível melhorar a nossa nota nesse tal ranking.
Espero que ano que vem eu não tenha que escrever novamente essa crônica, pois será muito chato ter que rezar toda essa ladainha de novo. Eu não quero isso e creio que o meu leitor também não queira.


Enviado por Gabriel H.



quarta-feira, outubro 20, 2004

Rita


Capítulo XXX – Dando uma dura


No mesmo dia que Silvana fez sua visitinha ao hospital, o namorado de Rita também foi vê-la, contudo a recepcionista logo o abordou.
-- O senhor é o namorado da vereadora que está internada aqui, não é?
-- Sou eu mesmo, por quê? Aconteceu alguma coisa?
-- Mais ou menos. Hoje chegou uma mulher aqui dizendo que era amiga da paciente e que queria vê-la. Eu disse que não podia e coisa e tal, mas a mulher, louca de tudo, me subornou. – a mocinha fez uma pausa, como se estivesse se sentindo culpada – Eu tentei resistir, mas eu tenho gente doente na família e estou precisando comprar alguns remédios. Na hora o desespero falou mais alto e eu aceitei o suborno.
-- Tudo bem. Eu entendo sua situação. Mas e ai o que aconteceu?
-- A doida subiu até o quarto da vereadora e não sei o que aconteceu lá. Eu pedi para uma enfermeira que é amiga minha entrar no quarto e ver o que estava acontecendo. Essa minha amiga disse que a mulherzinha fingiu que tinha entrado no quarto enganado e se mandou, porém a enfermeira tem quase certeza de ter visto uma arma na mão da louca.
-- Bosta! Já posso até imaginar quem é essa mulher. Me diga como ela era.
A descrição feita pela recepcionista era tão perfeita que parecia que a imagem de Silvana se forma frente aos olhos de Geraldo. Ele agradeceu a moça, tirou uma nota de cem da carteira dizendo que era para ajudá-la a comprar o remédio da mãe, virou as costas e foi embora.
***
Silvana estava descansando em seu apartamento depois da estressante jornada que havia enfrentado naquele mesmo dia (afinal vocês acham que é fácil ameaçar alguém? Não é fácil, não. É muito cansativo). A campainha tocou e ela foi atender. Ao abrir a porta abraçou Geraldo com muita força e começou a chorar.
-- Eu sabia que você ia voltar para mim, meu amor! Tinha certeza que você não ia conseguir me esquecer.
Geraldo empurrou violentamente a ex-esposa e começou a falar com ela em um tom muito nervoso e severo.
-- Você acha que eu sou trouxa de voltar para você? Olhe para a minha cara. Você acha que eu sou idiota e que não te conheço? Você mesma admitiu para mim que tinha tentado matar a mulher que eu amo. Como queria que eu voltasse para você? Se não bastasse aquilo ainda tentou se aproveitar da situação que a minha namorada – deu bastante ênfase ao falar isso – se encontra para novamente tentar matá-la. Você ainda se acha merecedora do meu amor?
Silvana chorava muito, estava jogada no chão e não tinha forças para responder. Apenas segurou no pé de Geraldo e disse:
-- Você tem que entender que eu te amo. Eu não suporto viver sem você!
-- E isso é motivo para tentar matar uma pessoa? Quem ama mesmo não mata! Quem ama gosta de ver o outro feliz. E o que você queria era me fazer infeliz.
-- Você só pode ser feliz ao meu lado!
-- Não fale asneira!
Geraldo se soltou das mãos de Silvana e foi embora. Estava muito nervoso e prestes a tomar uma decisão. Preferiu esfriar a cabeça primeiro, então parou em uma bar.


Enviado por Gabriel H.



sexta-feira, outubro 15, 2004

Começa a Guerra


Hoje, como não poderia deixar de ser, o tema da minha crônica será nada mais nada menos do que o inicio da guerra eleitoral na minha querida São Paulo. Ontem houve o primeiro debate do segundo turno que é disputado entre o tucano José Serra e a petista Marta Suplicy. Logicamente o meus leitores não devem esperar uma visão imparcial do debate, afinal sempre deixei minhas opções políticas bem claras, contudo procurarei fazer o melhor possível, apontando inclusive as falhas de meu candidato. Para facilitar as coisas, darei notas para cada um dos participantes do debate e explicarei o motivo.
José Serra – nota 9 – Serra poderia ter ficado com uma nota mais alta, caso não tivesse tentado se esquivar de algumas perguntas. Somente por isso o candidato tucano deveria perder 2 pontos, contudo, como ele conseguiu virar o jogo em duas situações ao ser atacado por Marta (quando a prefeita citou o vice do tucano e quando a petista tentou culpar Serra pelo apagão), ganha mais 1 ponto.
Marta Suplicy – nota 6,5 – Marta perdeu os mesmo 2 pontos que Serra por ter tentado se livrar de algumas perguntas (apesar da petista não ter respondido claramente mais perguntas do que o psdbista, resolvi tirar a mesma quantidade de pontos para não gerar discussão). Outro fator que fez Marta perder 1 ponto foi o fato de ter partido para as ofensas pessoais (por exemplo, ao mostrar uma fofoca divulgada na imprensa que dizia que FHC teria comentado que o defeito de Serra é “o demônio que existe dentro dele”). E o meio ponto final que a ex-mulher do senador Suplicy foi pelo fato de ter tentado fingir um inicio choro (sei que esse ponto gerará muita polêmica), afinal, durante suas considerações finais, Marta parecia que ia chorar de emoção ao se lembrar da reação do povo nas ruas, contudo, logo após a câmera sair de seu rosto ela sorriu para seus colegas de partido. Se eu fosse Marta esquecia minha candidatura para prefeita e procuraria uma vaga na oficina de atores da Globo.
Como é possível ver, ambos os candidatos ficaram acima da média – apesar de Serra ter ido bem melhor, pelo menos na minha opinião – o que nos mostra que foi um bom debate, com diversos momentos onde apareciam propostas – apesar de também ter ocorrido, principalmente por parte da petista, ataques mais pessoais.
Hoje começou a campanha no rádio e na TV e só pelas inserções já pudemos reparar que a linha que será mantida nos programas será a mesma do debate: um Serra “municipalizando” a eleição e apresentando defeitos da atual gestão e uma Marta partindo para o tudo ou nada, jogando contra o vice de Serra e contra a gestão do adversário nos ministérios que ocupou.

Leia mais:

Paulo Markun, escritor, jornalista e apresentador do Roda Viva, dá sua opinião em Vai empolgar?


Enviado por Gabriel H.



quarta-feira, outubro 13, 2004

Rita


Capítulo XIX – Ameaças


Após a conversa com o delegado, Rita foi para o seu quarto descansar, contudo não conseguia fazer outra coisa além de pensar. Geraldo entrou e saiu do cômodo por diversas vezes e Rita sequer ouvia qualquer barulho.
Geraldo começava a ficar preocupado com o estado de sua namorada, afinal Rita era uma mulher forte e ele nunca a tinha visto daquele jeito. Não sabia sequer como agir. Tentou chamá-la por diversas vezes, porém não surtiu nenhum efeito. Como última esperança, Geraldo ligou para um médico amigo seu e implorou por uma consulta.
Dr. Miguel chegou o mais rápido possível e logo que entrou no apartamento, se dirigiu ao quarto de Rita. Fez com a moça alguns testes e em seguida disse:
-- Não vejo alternativa. Teremos que interná-la. A vereadora está em estado de choque.
-- Bem que eu desconfiei. Ela nunca tinha ficado assim antes.
-- Você sabe de algum fato que possa ter desencadeado essa situação?
-- Hoje ela teve uma conversa com o delegado que cuida do caso da morte de seu pai e ficou muito nervosa.
-- Bom. Pelo menos já temos um provável motivo. Agora chamarei a ambulância.
***
A notícia do estado da vereadora foi amplamente divulgada pelos jornais locais e Silvana logo ficou sabendo que sua arqui-rival estava internada. Pegou sua bolsa, arrumou o cabelo, refez a maquiagem e partiu direto para a clínica onde Rita estava hospitalizada.
Tentou driblar a recepcionista dizendo que era uma amiga da vereadora que queria muito visitá-la, contudo a atenciosa moça disse que não seria possível.
-- Minha querida, acho que você não tem noção do perigo em me negar um favor. Você sabia que eu sou louca? Que eu sou capaz de matar alguém? – Silvana aparentava estar completamente descontrolada.
-- Olha, minha senhora, eu não posso estar fazendo nada pela senhora. Não tenho autorização para deixar a senhora estar subindo até o quarto de sua amiga.
-- Quanto você cobra? Será que isso é suficiente? – Silvana sacou da bolsa três notas de cem reais e mostrou para a atendente.
A mocinha parou e ficou olhando para o dinheiro, lembrou-se da mãe doente que precisava comprar um remédio de R$ 270 e não tinha dinheiro para isso e não resistiu a tentação.
-- A senhora por favor pegue aquele elevador até o terceiro andar. O quarto da vereadora Rita é o 325.
-- Tinha certeza que você não me negaria esse favor.
Silvana seguiu o caminho apontado pela recepcionista e logo estava em frente ao quarto de Rita. Entrou devagar, chegou bem pertinho da rival e começou a falar com ela.
-- Eu sempre digo que ninguém pode atravessar meu caminho. Olha ai como você está e eu nem precisei fazer nada. Imagine só se eu resolvesse mover os meus pauzinhos. Você lembra aquela vez que tentaram te matar? Ah é! Esqueci que você não consegue me responder. Mas deve lembrar sim, afinal que esqueceria o dia que leva um tiro? Então não foi aquele vereador que era seu inimigo político, não. Sabe quem mandou atirar você? Olha ai, já ia esquecendo de novo que hoje eu vou fazer um monólogo. Fui eu. Euzinha da Silva. É uma pena que vaso ruim não quebra, afinal se você tivesse morrido naquele dia, o Geraldo ainda seria meu marido e hoje eu não estaria aqui gastando toda essa saliva para falar com você. Hoje quando eu vi que a destruidora de lares tava internada em estado de choque não pensei duas vezes: peguei minha melhor amiga e vim para cá. Por falar nisso deixe-me te apresentar minha melhor amiga. – Silvana abre a bolsa e pega uma arma, que aponta para Rita – Você deve estar pensando que eu não vou atirar em você, senão eu seria presa. Mas quer saber? Não quero nem saber se eu vou ser presa. Se eu já não tenho mais meu marido, para que eu vou querer continuar livre.
Silvana chega bem perto de Rita, encostando o revolver na cabeça de Rita, quando de repente entra uma enfermeira no quarto, obrigando a ex-mulher de Geraldo a esconder rapidamente a arma.
-- O que a senhora está fazendo aqui?
-- Nada não. Eu entrei no quarto errado.
-- Então saia. Essa paciente precisa ficar sozinha.
-- Desculpe.


Enviado por Gabriel H.



sexta-feira, outubro 08, 2004

Maratonistas e Pacifistas


Hoje foi anunciado o Prêmio Nobel da Paz e pela primeira vez na história do prêmio ele foi para uma mulher africana. Essa mulher é uma ambientalista queniana chamada Wangari Maathai que luta contra o desmatamento das florestas de seu país e também organiza projetos de distribuição de alimentos para os flagelados da seca no Quênia.
O pouco que conheço do Quênia é por conta dos grandes maratonistas que quase invariavelmente vêm “roubar” o primeiro lugar dos nossos corredores na São Silvestre. Paul Tergart é o mais famoso deles, afinal a maioria das pessoas já perdeu a conta de quantas corridas o tenente do exército queniano já ganhou.
Mas hoje tivemos uma prova de que esse país africano não cria pessoas somente para liderar as provas de atletismo, como também para lutar pela paz mundial e por causas nobres. Se antes admirava o Quênia por conta de seus corredores, hoje admiro muito mais, afinal descobri que nesse país nasceu, cresceu e vive uma ambientalista capaz de receber o Prêmio Nobel da Paz.
É a primeira vez na história que a questão ambiental ganha destaque nesse prêmio e esse reconhecimento chegou tarde. Lutar contra o desmatamento de florestas é buscar a paz mundial.
Quem dera se no Brasil tivéssemos algumas pessoas com os ideais (e a força) parecidos com os de Maathai para proteger a nossa Floresta Amazônica. Tudo bem que Chico Mendes e a ministra Marina Silva lutaram – no caso da ministra ainda luta – por isso, contudo nunca vi ações concretas nesse sentido. A cada dia mais um pedaço das nossas matas cai nas mãos estrangeiras e dizem as más e as boas línguas que é mais fácil para um americano entrar numa reserva indígena no Brasil do que para um brasileiro. Muitos deliram que poderíamos vender a Amazônia, porém, se algum presidente louco realmente for fazer isso, acho bom – ou não – que seja logo, ou então, em poucos anos, não poderemos mais vendê-la, afinal a Floresta não será mais nossa.
A partir de hoje sonho com o dia que o Brasil não se orgulhe somente de Wanderlei Cordeiro de Lima ou então de nossos jogadores de futebol, mas que também possam apontar para alguém e dizer:
-- Este que ganhou o prêmio Nobel da Paz é brasileiro. E sabe o que ele fez? Lutou para defender a Amazônia.
Quero que esse dia chegue em breve e espero que a luta desse homem – ou mulher – não seja em vão e que o povo possa ter mais orgulho ainda, afinal além de termos um prêmio Nobel entre nós, também teremos a Floresta Amazônica mais bem cuidada do que nunca.


Enviado por Gabriel H.



segunda-feira, outubro 04, 2004

Entrou para história?


Quem me conhece já deve ter me ouvido falar que todo ano de final quatro entra para os livros de história brasileira. Vejamos o retrospecto:
- 1954 – Suicídio de Getúlio Vargas;
- 1964 – Golpe Militar;
- 1974 – A oposição consegue maioria no Congresso durante o Regime Militar
- 1984 – Campanha das Diretas Já;
- 1994 – Plano Real.
Desde o começo do ano estou ansioso aguardando o fato histórico dessa década – o primeiro que foi vivenciar com uma razoável consciência política e história. Pela lógica as eleições seriam sérias candidatas ao cargo, contudo me decepcionei. O resultado mostrou aquilo que já se esperava: a política brasileira cada vez mais se parece com a americana e se distancia da européia (fato que eu, particularmente, lamento). Apesar das centenas de partidos, temos apenas dois grandes e vários médios que servem para seu apoio. A política se assemelha a um jogo do futebol: nos EUA ou se “torce” para os democratas ou para os republicanos. Enquanto isso na Europa existem diversos partidos grandes que possuem ideologias bem definidas. Infelizmente nós estamos mais próximos dos amigos lá do norte.
O PT foi o partido campeão de votos nessa eleição, seguido de muito perto pelo PSDB. Os dois partidos disputam 10 segundos turnos. Os dois partidos foram grandes adversários em diversas cidades. Quem vê esse resultado pensa que a ideologia dos dois partidos são totalmente opostas e que o Brasil é um país rachado entre os dois programas. Entretanto, uma definição que bem cabe aos dois partidos – encontrei essa definição em algum artigo que não me lembro quem é o autor – é com a indústria de refrigerantes. PSDB e PT são como Coca-Cola e Pepsi, ou seja: têm diferenças tão pequenas que nem reparamos, porém nunca serão uma mesma marca.
O leitor não imagina o quanto é duro para mim assumir isso! Não se esqueçam que sou tucano de carteirinha. Mas PT e PSDB são muito parecidos entre si. Mas é claro que como tucano eu não assumiria isso de maneira tão natural como eu fiz. Os partidos têm algumas diferenças que são cruciais e foram essas diferenças que me levaram a escolher o PSDB. O estilo de administrar tucano é melhor. As denúncias de corrupção nos governos psdbistas são muito menores. O PSDB, quando oposicionista, age de forma mais responsável. Poderia passar a noite aqui enumerando as qualidades do PSDB, porém tenho que concluir a crônica.
Resumindo toda a ladainha: as eleições desse ano não entraram para a história e só confirmaram o que já era sabido: o Brasil é vermelho, amarelo e azul.


Enviado por Gabriel H.



domingo, outubro 03, 2004

Um aninho


Hoje é um dia muito especial para mim, afinal há exatamente um ano atrás eu estava sentado nessa mesma cadeira, em frente a esse mesmo computador pensando em alguma coisa de útil que eu poderia fazer. Pensei um pouco e logo me lembrei de duas coisas: sempre escrevi bem (não reparem, realmente sou modestíssimo) e adoro ler crônicas (como todos sabem, especialmente as de Mario Prata). Então tomei uma decisão: criarei um site onde publicarei minhas crônicas. Abri o “Microsoft Word” e comecei a escrever sobre um tema sobre o qual sempre falei: a histeria das fãs dos cantores famosos. Estava no ar a primeira crônica do Os Cronistas.
Tudo bem que o site nunca foi um grande sucesso de público, contudo ele sempre foi meu melhor amigo. Se não tivesse criado o blog não teria com quem desabafar, ou ainda, na melhor das hipóteses, continuaria com vergonha de publicar meus textos. É isso que mais agradeço ao Os Cronistas: foi graças a ele que perdi a vergonha de publicar meus textos.
Não poderia escrever uma crônica sobre o Os Cronistas sem falar de Marcel Patriota. Ele foi meu primeiro colaborador e graças a ele o site cresceu. Graças a ele hoje nosso “template” é bonito. Graças as suas críticas hoje meus textos são melhores. Considero o Marcel como elemento indispensável para o site e até hoje lamento seu afastamento temporário (que já dura bastante tempo).
E assim como o Marcel também foram indispensáveis a Bruna, a Flávia, o Hugo, o Mascote e o Rodrigo. Alguns mais, outros menos, mas todos contribuíram para a história desse blog.
Também quero agradecer à Rita que de um dia para o outro surgiu em minha mente e me deu a idéia de começar uma história para ser publicada aqui. Sei que ultimamente ela está meio ausente, porém já estou preparando sua volta e logo vocês verão do que ela é capaz de fazer.
Para concluir agradeço a todos os meus leitores, sei que não são muitos, mas são fiéis. Muitos não deixam comentário, mas comentam pessoalmente comigo.
Obrigado a todos e parabéns ao Os Cronistas!
P.S.: Aproveito para desejar um feliz aniversário para a minha amiga Ester e para o meu amigo Panda.


Enviado por Gabriel H.



sexta-feira, outubro 01, 2004

Feliz Aniversário!


Posso dizer seguramente que essa foi a semana mais complicada para escolher o tema da minha crônica semanal. Estava em dúvida entre três temas e não queria falar de todos no mesmo texto, pois considero os três importantes. Para resolver o impasse que estava instalado na minha cabeça, resolvi fazer o seguinte: publicarei uma crônica hoje dando os parabéns a minha mãe (afinal é o tema que mais me agrada e o aniversário dela é justamente hoje), domingo falarei sobre o aniversário do “Os Cronistas” (dia três de outubro completamos nosso primeiro aninho de vida) e na segunda-feira o tema será o resultado das eleições municipais (ou vocês acham que eu ia ficar de fora da “festa da democracia”).
“Deixando os entretanto partindo para os finalmente” começo agora, oficialmente a crônica de aniversário da minha querida mamãe.
Nós não escolhemos nossas mães. E isso é uma sorte nossa, afinal tenho certeza absoluta que se a decisão sobre quem vai dar as ordens na nossa vida fosse feita por nós mesmos, não escolheríamos certo. E é por isso que agradeço a quem escolheu a minha, pois escolha melhor não poderia ter sido feita.
Minha mãe é dedicada, presente e carinhosa. Um tipo de mãe que não se encontra em qualquer esquina. Ela sabe cada passos dos filhos e se preocupa com cada segundo de atraso. Para quem não vive essa situação deve parecer que é chato viver assim... e eu confesso que realmente as vezes é, porém, quando pensamos bem e vemos que alguém se preocupa conosco, dá uma sensação de segurança incrível. Sinceramente não sei o que seria de mim se não tivesse minha mãe ao meu lado.
Sem dúvida nenhuma eu não gostaria de ter a sua vida, mãe. Mas sabe por quê? Porque eu não teria forças para agüentar o que você agüenta. Eu não saberia como fazer um terço do que você faz. E o pior (na verdade é o melhor) de tudo isso é que essa força não se ganha com exercício físico e esse conhecimento não se ganha na escola. Tanto a força como o conhecimento se ganha na batalha do dia-a-dia, batalha essa que você enfrenta como ninguém.
Para falar a verdade nem sei direito o que falar, afinal mais difícil do que falar sobre nós mesmos é falar sobre as pessoas que amamos. E eu te amo acima de qualquer outra coisa. Porém sei que não basta dizer que ama, é necessário também demonstrar esse amor. E é para isso que me esforço em cada dia da minha vida. Quero te provar que te amo. Sei que é difícil, pois te agradar não é tarefa das mais simples. E também sei que muitas vezes acabo falhando, contudo tenha certeza que minhas falhas ocorrem na ânsia de acertar.
A crônica não está saindo nem aos pés do que você merece. Por isso vou ficando por aqui, te desejando um FELIZ ANIVERSÁRIO, muita PAZ, muita SAÚDE e tudo o mais que já é praxe desejar em aniversários.


Enviado por Gabriel H.