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quarta-feira, novembro 24, 2004

Rita


Capítulo XXIII – Conhecendo a própria mãe


Enquanto Rita estava na sala, em conflito com a própria ética, Geraldo e seu filho tinham uma complicada conversa no escritório. Mauro sabia muito bem que a mãe era meio desequilibrada, contudo acreditava que não passava de pequenas loucuras por amor; já tinha visto Silvana fazer promessas loucas (como matar), porém nunca imaginou a possibilidade dessas “promessas” serem cumpridas.
Toda essa confiança que Mauro tinha na mãe – uma confiança normal, existente de filho para mãe – desmoronou assim que Geraldo começou a contar todas as ações de Silvana. Mauro não podia acreditar que a mulher que havia lhe gerado era capaz de fazer aquelas coisas tão terríveis. Durante a maior parte da conversa Mauro chorou, porém assim que seu pai terminou a narrativa ele enxugou as lágrimas, ergueu o rosto e falou:
-- Olha, pai, eu entendo que o senhor tenha raiva da mamãe, porém acho que inventar coisas assim tão baixas já é demais.
-- Nenhuma palavra que saiu da minha boca é invenção. Eu sei do que estou falando. Você sabe muito bem que pode confiar em mim.
-- Pai, até pouco tempo nós não nos dávamos muito bem, porém o senhor começou a ser sincero comigo e eu confio no senhor. Mas tudo isso é tão absurdo que eu não posso acreditar. Eu sei que a separação de vocês foi muito dolorosa, mas acho que não tem muita lógica você falar essas coisas.
-- A separação foi dolorosa para sua mãe e não para mim. Eu já estava me sentindo esgotado naquele casamento e me separar foi a melhor coisa que eu fiz. E tem lógica sim eu falar o que estou te falando por um simples motivo: É TUDO VERDADE.
Mauro voltou a chorar. Continuava sem acreditar que a mulher que havia lhe dado toda a educação, todo o conhecimento que ele tinha da vida, pudesse fazer aquelas coisas; contudo seu pai falava com tanta certeza e sinceridade no olhar que não tinha como não acreditar. Novamente Mauro enxugou as lágrimas e ergueu o rosto. Levantou-se da cadeira onde estava sentado e abraçou seu pai. Os dois ficaram assim durante alguns minutos, até que Mauro disse no ouvido do pai:
-- Pode contar comigo para o que der e vier. A mamãe precisa se tratar.
-- Sabia que eu ia poder contar com você.
Os dois saíram do escritório e Mauro foi embora para casa. Rita que já estava muito curiosa ficou ainda mais ao ver que pai e filho choravam muito emocionados. Perguntou o que havia acontecido e ouviu as seguintes palavras de Geraldo:
-- Obrigado, Rita! Você, sem querer, acabou me unindo com meu filho. Não sei nem como agradecer.
-- Mas o que eu fiz?
-- Diretamente não fez nada, mas de um jeito ou de outro você é a grande responsável pela nossa reaproximação.
-- Não estou entendendo nada.
-- Por enquanto é melhor assim mesmo, mas um dia você vai entender.


Enviado por Gabriel H.