CRITIQUE, SUGIRA,
OPINE, ESCREVA PARA GENTE:


oscronistas@grupos.com.br


ARQUIVOS

  04/01/2004 - 05/01/2004
  05/01/2004 - 06/01/2004
  06/01/2004 - 07/01/2004
  07/01/2004 - 08/01/2004
  08/01/2004 - 09/01/2004
  09/01/2004 - 10/01/2004
  10/01/2004 - 11/01/2004
  11/01/2004 - 12/01/2004
  12/01/2004 - 01/01/2005
  01/01/2005 - 02/01/2005
  02/01/2005 - 03/01/2005
  03/01/2005 - 04/01/2005
  08/01/2005 - 09/01/2005
  09/01/2005 - 10/01/2005
  10/01/2005 - 11/01/2005
  02/01/2006 - 03/01/2006


BLOG DOS CRONISTAS

  Discutindo Política
  Três Pontinhos
  Projeto Cadmus 


LINKS

  SilvioMed
  Homem Chavão
  Grávido
  Charges
  Desafeto
  Brainstorm#9
  Farsas da Web
  Mario Prata Online
  Dia a Dia

quarta-feira, novembro 17, 2004

Rita


Capítulo XXII – Retorno


-- Alô, Silvana?
-- Não, pai. É o Mauro.
-- Nossa, filho, fazia muito tempo que eu não falava com você. Foi até bom você ter atendido, pois queria falar com a sua mãe, mas ia acabar falando o que não devia. É melhor conversar com você antes.
-- Parece que é coisa séria. Onde você está?
-- Acabei de chegar em casa. Se quiser pode vir para cá. Vai ser até bom.
-- Tudo bem. Até mais.
-- Até mais.
Mauro, preocupado com o que seu pai teria para dizer se dirigiu à casa do “velho” rapidamente. Durante todo o caminho pensava no que poderia ser o motivo da conversa que, para variar um pouco, provavelmente envolvia o nome de Silvana.
A campainha da casa de Geraldo soou e, na certeza de que era seu filho que tocava, Geraldo sequer olhou pelo olho mágico. Abriu a porta e se surpreendeu.
-- Por que essa cara de espanto, amor? – perguntou Rita, como se nada tivesse acontecido.
-- Você ainda me pergunta? Você fica inconsciente durante nem sei quanto tempo e, de um dia para o outro, toca a campainha da minha casa e não espera que eu me surpreenda.
-- Pensei que você fosse ficar feliz...
-- Eu estou feliz, mas estou surpreso. Me conte o que aconteceu. Estou curioso.
Rita começou a contar para Geraldo sua história. Falou que havia ficado consciente durante a noite e que, com a ajuda de uma médica, havia conseguido fugir do hospital. Rita ia explicar o motivo da fuga, contudo novamente a campainha tocou e dessa vez as expectativas se confirmaram: era Mauro.
-- Rita? – o espanto do moço era praticamente igual ao do pai – Era sobre isso que você queria conversar comigo, pai?
-- Na verdade não era, mas não deixa de estar relacionado. Vamos para o meu escritório. E você, Rita, não saia desse sofá. Ainda temos muito para conversar.
-- Ficarei igual uma estátua.
Geraldo foi com Mauro até o escritório e lá os dois conversaram durante mais de uma hora. O assunto era o mesmo que havia sido tratado com o delegado, porém a tenção durante essa segunda conversa era maior, afinal existiam laços sentimentais entre mãe e filho.
Na sala, Rita já estava impaciente e, por diversas vezes, chegou a pensar em entrar no escritório ou, no mínimo, escutar atrás da porta. Desistiu todas as vezes após pensar em uma frase que um amigo da Câmara de Vereadores havia lhe dito: “Posso não ter sentimentos, mas não abro mão da ética.”. Com Rita era assim. Por mais fria e calculista que fosse, ela não abria mão da ética. Talvez por isso provocasse tanta simpatia entre os eleitores.


Enviado por Gabriel H.