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quarta-feira, outubro 20, 2004

Rita


Capítulo XXX – Dando uma dura


No mesmo dia que Silvana fez sua visitinha ao hospital, o namorado de Rita também foi vê-la, contudo a recepcionista logo o abordou.
-- O senhor é o namorado da vereadora que está internada aqui, não é?
-- Sou eu mesmo, por quê? Aconteceu alguma coisa?
-- Mais ou menos. Hoje chegou uma mulher aqui dizendo que era amiga da paciente e que queria vê-la. Eu disse que não podia e coisa e tal, mas a mulher, louca de tudo, me subornou. – a mocinha fez uma pausa, como se estivesse se sentindo culpada – Eu tentei resistir, mas eu tenho gente doente na família e estou precisando comprar alguns remédios. Na hora o desespero falou mais alto e eu aceitei o suborno.
-- Tudo bem. Eu entendo sua situação. Mas e ai o que aconteceu?
-- A doida subiu até o quarto da vereadora e não sei o que aconteceu lá. Eu pedi para uma enfermeira que é amiga minha entrar no quarto e ver o que estava acontecendo. Essa minha amiga disse que a mulherzinha fingiu que tinha entrado no quarto enganado e se mandou, porém a enfermeira tem quase certeza de ter visto uma arma na mão da louca.
-- Bosta! Já posso até imaginar quem é essa mulher. Me diga como ela era.
A descrição feita pela recepcionista era tão perfeita que parecia que a imagem de Silvana se forma frente aos olhos de Geraldo. Ele agradeceu a moça, tirou uma nota de cem da carteira dizendo que era para ajudá-la a comprar o remédio da mãe, virou as costas e foi embora.
***
Silvana estava descansando em seu apartamento depois da estressante jornada que havia enfrentado naquele mesmo dia (afinal vocês acham que é fácil ameaçar alguém? Não é fácil, não. É muito cansativo). A campainha tocou e ela foi atender. Ao abrir a porta abraçou Geraldo com muita força e começou a chorar.
-- Eu sabia que você ia voltar para mim, meu amor! Tinha certeza que você não ia conseguir me esquecer.
Geraldo empurrou violentamente a ex-esposa e começou a falar com ela em um tom muito nervoso e severo.
-- Você acha que eu sou trouxa de voltar para você? Olhe para a minha cara. Você acha que eu sou idiota e que não te conheço? Você mesma admitiu para mim que tinha tentado matar a mulher que eu amo. Como queria que eu voltasse para você? Se não bastasse aquilo ainda tentou se aproveitar da situação que a minha namorada – deu bastante ênfase ao falar isso – se encontra para novamente tentar matá-la. Você ainda se acha merecedora do meu amor?
Silvana chorava muito, estava jogada no chão e não tinha forças para responder. Apenas segurou no pé de Geraldo e disse:
-- Você tem que entender que eu te amo. Eu não suporto viver sem você!
-- E isso é motivo para tentar matar uma pessoa? Quem ama mesmo não mata! Quem ama gosta de ver o outro feliz. E o que você queria era me fazer infeliz.
-- Você só pode ser feliz ao meu lado!
-- Não fale asneira!
Geraldo se soltou das mãos de Silvana e foi embora. Estava muito nervoso e prestes a tomar uma decisão. Preferiu esfriar a cabeça primeiro, então parou em uma bar.


Enviado por Gabriel H.