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sexta-feira, outubro 08, 2004

Maratonistas e Pacifistas


Hoje foi anunciado o Prêmio Nobel da Paz e pela primeira vez na história do prêmio ele foi para uma mulher africana. Essa mulher é uma ambientalista queniana chamada Wangari Maathai que luta contra o desmatamento das florestas de seu país e também organiza projetos de distribuição de alimentos para os flagelados da seca no Quênia.
O pouco que conheço do Quênia é por conta dos grandes maratonistas que quase invariavelmente vêm “roubar” o primeiro lugar dos nossos corredores na São Silvestre. Paul Tergart é o mais famoso deles, afinal a maioria das pessoas já perdeu a conta de quantas corridas o tenente do exército queniano já ganhou.
Mas hoje tivemos uma prova de que esse país africano não cria pessoas somente para liderar as provas de atletismo, como também para lutar pela paz mundial e por causas nobres. Se antes admirava o Quênia por conta de seus corredores, hoje admiro muito mais, afinal descobri que nesse país nasceu, cresceu e vive uma ambientalista capaz de receber o Prêmio Nobel da Paz.
É a primeira vez na história que a questão ambiental ganha destaque nesse prêmio e esse reconhecimento chegou tarde. Lutar contra o desmatamento de florestas é buscar a paz mundial.
Quem dera se no Brasil tivéssemos algumas pessoas com os ideais (e a força) parecidos com os de Maathai para proteger a nossa Floresta Amazônica. Tudo bem que Chico Mendes e a ministra Marina Silva lutaram – no caso da ministra ainda luta – por isso, contudo nunca vi ações concretas nesse sentido. A cada dia mais um pedaço das nossas matas cai nas mãos estrangeiras e dizem as más e as boas línguas que é mais fácil para um americano entrar numa reserva indígena no Brasil do que para um brasileiro. Muitos deliram que poderíamos vender a Amazônia, porém, se algum presidente louco realmente for fazer isso, acho bom – ou não – que seja logo, ou então, em poucos anos, não poderemos mais vendê-la, afinal a Floresta não será mais nossa.
A partir de hoje sonho com o dia que o Brasil não se orgulhe somente de Wanderlei Cordeiro de Lima ou então de nossos jogadores de futebol, mas que também possam apontar para alguém e dizer:
-- Este que ganhou o prêmio Nobel da Paz é brasileiro. E sabe o que ele fez? Lutou para defender a Amazônia.
Quero que esse dia chegue em breve e espero que a luta desse homem – ou mulher – não seja em vão e que o povo possa ter mais orgulho ainda, afinal além de termos um prêmio Nobel entre nós, também teremos a Floresta Amazônica mais bem cuidada do que nunca.


Enviado por Gabriel H.