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sexta-feira, setembro 03, 2004

Canhoto


Hoje pensei em escrever sobre diversos temas: amor, ódio, o seqüestro na Rússia, 7 de setembro e, para variar, política. Mas optei por outro.
Faço um trabalho voluntário em uma agência dos Correios ajudando pessoas que não sabem escrever a mandarem cartas ou então auxiliando quem tiver com dificuldades para preencher formulários.
Hoje estava eu lá, quando aparece um senhor aparentando ser bem simples. Ele precisava preencher um formulário e foi pedir a minha ajuda. Logo quando comecei o preenchimento o simpaticíssimo senhor reparou que eu era canhoto e soltou a seguinte frase:
-- Eu mal sei escrever com a mão direita e você está ai escrevendo com a mão esquerda. Como pode, né?
Na hora que ouvi a frase fique chocado. Como o mundo é cruel, né? Eu pertenço a uma pequena minoria que escreve com a mão esquerda e ele pertence a uma “grande minoria” que mal sabe escrever.
Lembro-me de quando era pequeno ter escrito um texto sobre o fato de ser canhoto. Dizia que o mundo desse 1% da população não era invertido – ainda não entendo o que quis dizer com isso – e que nós não passávamos de pessoas normais. Até hoje não sei de onde tirei esse complexo de minoria, entretanto posso garantir que é bem melhor ser canhoto do que não escrever.
Segundo o “Guia dos Curiosos”, da Companhia das Letras e cujo autor não lembro o nome (se não me engano termina com Duarte, contudo não tenho certeza), estou em ótima companhia, afinal também eram canhotos:
Ayrton Senna – o maior piloto de todos os tempos
Adolf Hitler – não vamos discutir os seus atos e sim sua inteligência
D. Pedro I – aquele que nos deu esse maravilhoso feriado em plena terça-feira
Albert Einsten – o maior gênio da história
João Figueiredo – um dos que menos de orgulho em ter como parceiro de “canhotismo”
Julio César – até na velha Roma os grandes eram canhotos
Ronald Reagan – o velho presidente americano
Como podemos ver, analisando a lista acima, presidentes, imperadores e grandes inteligências eram canhotos, o que mostra que quando digo que sou uma pessoa hiper-inteligente e que um dia serei presidente não é por ser metido, contudo é porque analisei os fatos.
Apesar desse final um pouco mais bem humorado quero que essa seja uma crônica de protesto contra o analfabetismo. Rezo todo dia para não precisar mais fazer esse serviço, pois quando isso acontecer será um sinal de que a praga do analfabetismo (funcional ou não) estará acabada. E tomara também que um dia todos sejam canhotos.


Enviado por Gabriel H.