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sexta-feira, agosto 27, 2004

1992


Hoje vou tratar de um tema que já está na minha garganta há muito tempo, mas que eu sempre adiava por achar outro assunto mais interessante para a crônica.
Quem assiste à novela “Senhora do Destino” já deve ter reparado que tem alguma coisa estranha de mais com as idades e épocas. Na primeira fase da trama, o ano era 1968 (no dia em que foi decretado o AI-5) e Maria do Carmo, recém chegada do sertão com seus cinco filhos tem a sua caçula seqüestrada por uma terrível mulher. Assim que iniciou a segunda fase, pudemos ver que um dos filhos da nordestina é Dado Dolabella, mas ao fazermos as contas descobrimos que esse personagem deveria estar, no mínimo, com quarenta anos.
Para resolver esse pequeno problema, o autor resolveu inventar que a história não estava se passando nos dias atuais e sim em 1992. Maravilhoso! O autor conseguiu resolver o problema, entretanto como explicar os celulares e carros de última geração? Não tem problema: a maior parte desses equipamentos foram sendo trocados aos poucos (alguns carros continuam um tanto quanto modernos).
Com o desenrolar da novela, vimos a personagem de Helena Ranaldi (é assim que se escreve?) pagar os serviços prestados por Dolabella com uma nota de dez reais. Com o passar do tempo o problema o problema persistiu e vimos Maria do Carmo entregando uma mala repleta de REAIS para a seqüestradora de sua filha.
Se a novela se passa realmente em 1992, então a loja de materiais de construção de Maria do Carmo é do futuro, afinal lá podemos até mesmo comprar uma tinta que ao invés de seu tradicional cheiro deixa a casa perfumada. Quanta tecnologia em 1992, hein?
Para piorar tudo, dizem os rumores que Marilia Gabriela voltara para a trama interpretando a filha de sua personagem na primeira fase. Na parte inicial da novela, ninguém tomou conhecimento de que dona Josefa (Marilia Gabriela) tivesse filhos e agora, apenas 24 anos depois, surge uma filha de, no mínimo dos mínimos, 40 anos.
Sei o quanto é difícil escrever uma novela, cheia de tramas paralelas e tudo o mais (se já sofro para escrever Rita que nem tem muitas tramas além da principal, imaginem se fosse escrever uma novela), contudo o mínimo de cuidado é necessário quando se trata de um autor do gabarito de Agnaldo Silva.
E já que estou falando de “Senhora do Destino”, quero deixar uma pergunta no ar: se Wolf Maia já assumiu não gostar de se ver interpretando, por que ele sempre tem um papel garantido nas novelas que dirige? Provavelmente ele deve ser sadomasoquista, não é mesmo? Ou então gosta de nos fazer sofrer, pois não basta o telespectador ter que ver sua direção (que não é das melhores), ele ainda tem que assistir suas interpretações (que não vou nem comentar).


Enviado por Gabriel H.