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sexta-feira, julho 16, 2004

Impressão Digital


Não nasci poeta. Não sei passar meus sentimentos para o papel, mas mesmo assim me arrisco, teimo e sempre desisto: meus textos mais sentimentais nunca saem da cabeça que borbulha idéias - chegando a loucura - enquanto os preparo. Talvez seja medo do fracasso, talvez seja medo de que os outros riam de mim. Contudo esses medos não se justificam, afinal não existe fracasso para quem não chegou ao sucesso e se outros rirem de meu texto tenho certeza que não será a primeira vez, pois alguns sequer são dignos de riso - merecem logo a compaixão.
Enquanto escrevia o parágrafo anterior parei e pensei: “O que está me levando a sair da cama a uma e meia da manhã e escrever esse texto que, tenho certeza, sequer vou publicar?”. Não sei a resposta para a pergunta, só sei que não conseguiria dormir se não escrevesse essas loucas linhas antes. Acabo de descobrir que a maior burrada que fiz foi parar para pensar. Estava indo tão bem enquanto escrevia por instinto, sem nem reparar se as seqüências de palavras que ia para o papel faziam sentido. Agora entendo por que nunca fui poeta: não sou escravo de meus pensamentos, não deixo que minhas idéias evoluam sozinhas, sempre tenho um “pitaco” para dar.
Sei que as chances desse texto ser publicado são raras - e diria até que são inexistentes -, entretanto continuo escrevendo e não quero parar. Quem sabe daqui não sairá algo que preste e que, um futuro próximo, seja trabalhado em uma crônica. Lógico que não deixaria a idéia fluir livremente e que tomaria as rédeas da situação para que o texto ficasse “bem escrito” e “racional”.
Posso não ser poeta e não escrever com belas palavras. Sem dúvida nunca fiz ninguém chorar com nenhum texto meu - só se foi de raiva! -, porém, por incrível que pareça, entendo de sentimentos. Afinal sou homem - não só no sentido de macho da mulher - e os tenho como todo ser humano. É claro que os meus são diferentes dos seus. Cada um tem sentimentos a sua maneira. Acho que é por que não falo de sentimentos em meus textos, vai ser difícil encontrar alguém que sinta como eu. Eu amo do meu jeito. Você ama do seu. E nós dois somos felizes - ou não - com nossos modos de amar.
Os sentimentos são como a impressão digital de uma pessoa. Não existem pessoas diferentes com sentimentos - e impressões digitais - iguais. Os sentimentos são a impressão digital da alma.
Como viram tomei coragem para falar de sentimentos. Sem dúvida é o meu primeiro texto sobre o assunto e, possivelmente, será o último, todavia espero ter agrado - por mais difícil que seja - e proporcionado uma boa leitura aos meus queridos amigos freqüentadores dessa página.


Enviado por Gabriel H.