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quarta-feira, junho 09, 2004

Rita


Capítulo VI – É Amor


Depois de passar algum tempo no passado resolvi voltar ao presente (pelo menos a um passado mais próximo).
Com o tempo, a relação de Geraldo e Rita foi ficando mais íntima. Calma! Não é o que você está pensando! Pelo menos ainda não... Eles simplesmente estreitaram os laços de amizade. Eram obrigados a ficar até tarde trabalhando e, por muitas vezes, Rita fazia companhia ao patrão mesmo depois do fim do expediente. Desde que ficara viúva encontrara em Geraldo um amigo e era capaz de ficar conversando com ele durante horas. Falavam sobre diversos assuntos, desde de novelas até coisas de trabalho, mas independente do tema, sempre se divertiam muito.
Essa enorme relação de amizade entre os dois só esbarrou em um problema. Em um grande problema. Silvana convivera com seu marido na juventude e, apesar de todas as provas de que Geraldo havia mudado, preferia ficar com "o pé atrás". Não sabia se o marido teria alguma recaída ou se permaneceria fiel até a morte. Ao ver a crescente amizade entre o esposo e a nova funcionária da lanchonete, Silvana não conseguia ficar sem pensar besteiras. "É meia–noite e ele ainda não chegou. Aposto que ele está conversando com aquela garçonetizinha de quinta categoria.", "O que será que eles tanto falam?", "Por que será que ele a contratou?". E assim ficava até que o marido chegasse em casa, dissesse que estava cansado de tanto trabalhar, negasse qualquer envolvimento com Rita e fosse dormir. Dormir para sonhar com Rita.
As suspeitas de Silvana não eram exagero. Realmente Geraldo estava apaixonado pela mulher que havia contratado de forma tão misteriosa. Entretanto a funcionária resistia, sempre dizendo que não era certo, afinal o patrão tinha uma mulher.
***

Certo dia, nos já tradicionais "cerões", Geraldo resolveu conversar seriamente com Rita. Era fácil notar que ele estava nervoso, pois passava a mão nos cabelos a todo momento e comia sem parar. Tomou coragem e iniciou o assunto:
— Acho que não preciso nem dizer o que sinto por você...
— Não precisa, mas mesmo se disse não fará diferença nenhuma. Não se esqueça que você é casado!
— E daí?
— E daí? Você ainda pergunta? Você prometeu fidelidade à dona Silvana perante Deus. E ainda pergunta que mal tem você me amar?
— Mas eu mais você do que a Silvana.
— Não importa! Você é casado com ela. Tanto no civil como no religioso. Os dois estão presos pela justiça divina e pela justiça dos homens.
— Se é por isso eu me separo.
— A dona Silvana não suportaria. Seria uma desgraça para ela.
— Melhor a desgraça ser dela do que minha!
— EGOÍSTA!!!
Rita saiu da sala de Geraldo apressada e foi embora da lanchonete. Quando não era mais vista por ninguém conhecido deu uma risadinha e foi embora para casa. Não podia conter a alegria. Tudo estava dando certo.


Enviado por Gabriel H.