| |
sexta-feira, maio 28, 2004
Café
Sabe aquele cheirinho de café que dizem ser irresistível? Eu não gosto. Mas não estou aqui para discutir o cheiro nem o sabor (que também não gosto) do café. Quero falar sobre a importância do "marronzinho" para o Brasil.
Outro dia a professora de Geografia contou na aula a história do bom (discordo!) e velho cafezinho. Ele já era plantado no Brasil desde a época do início da colonização, porém (pasmem!) era usado como planta ornamental. Ele veio da Guiana Francesa – ou de uma das outras, não tenho certeza – e foi descendo pelo litoral até chegar no Vale do Paraíba, que por incrível que pareça não fica na Paraíba e sim na divisa entre Rio de Janeiro e São Paulo. Foi nesse ponto que começou a agricultura cafeeira de fato. Entretanto não ficou muito tempo nesse lugar e logo migrou para o interior de São Paulo. É nesse ponto que o progresso brasileiro tem início. O café produzido aqui era para exportação e precisava ser levado para outros países, para isso era necessário levar a carga até o Porto de Santos. Mas como? Construíram-se as estradas de ferro para resolver o problema.
O que quero demonstrar contando essa história é que o pouco que temos é devido ao café. Ele começou a crescer em São Paulo, hoje o estado mais rico do país. Graças a ele foram construídas as primeiras ferrovias. Para cuidar dele os estrangeiros vieram para o Brasil. E assim, aos poucos ele fez este país se desenvolver.
É claro que não tirarei aqui os méritos de outras partes importantíssimas da nossa economia, como a plantação de cana-de-açúcar, a extração de látex e a exploração de minérios. Porém o café se manteve forte durante muito tempo (e ainda é). Até hoje podemos ver ricas fazendas de café. Das nossas sementes sai o "coffe" que os americanos tomam enquanto trabalham, das nossas plantações sai o "cortado" (café com leite) que os espanhóis tomam nos bares.
Nosso cafezinho de cada dia movimenta a economia global. Nunca vi reunião de negócios que não seja regada a um bom café.
Enviado por
Gabriel H.
| |